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VOLUNTÁRIO E O INVOLUNTÁRIO

VOLUNTÁRIO E O INVOLUNTÁRIO  HARMONIA ENTRE INCLINAÇÃO E A RAZÃO PRÁTICA


·         A racionalização do desejo.

Neste contexto Aristóteles apresenta de que modo nossos desejos torna ser um desejo bom ou um desejo racional; e apresenta um critério que investiga casos que são paralelos como involuntário ou voluntário: Aristóteles quer dizer com desejo racional podemos neste termo dois significados: como forma geral, de princípio que impele um ser vivo a uma ação; e o segundo restrito, como de apetite sensível, onde o desejo é (o apetite do que é agradável).
O homem como um ser racional, é de forma direta responsável por todos os seus atos, ou seja, o ato em sua origem no interior do agente, que conhece as circunstâncias particulares que o ato determina, sobre a ação praticada, seja uma boa ação, ou seja, uma má ação. Podemos colocar que uma particularidade faz com que o homem, mesmo consciente de uma ação boa, age de forma distinta, até contra seus princípios. Podendo até ser arrastado pelo paralelo como uma paixão, levando a ser perder a razão, (pois a razão que define a maneira pelo que o desejo consistir em ser realizado). Embora acreditando que sua intenção seja boa para si, pode ter sua realização modificada.

·        A ação responsável e a responsabilidade indireta do caráter.

A formação do caráter no homem, pensada por Aristóteles, como a progressiva racionalização, ou seja, um procedimento de teor defensivo através do qual demonstra uma explicação plausível, ou moralmente aprovável do desejo, que através da educação de um comportamento, ligada a deliberação, que é a função própria da razão.
Podemos considerar o caráter do homem por suas escolhas, pelo elemento empregado no qual ele age, e não pelo próprio ato. Entendemos que esta ligada em ocorrência de que uma ação poderá ser involuntária, uma vez praticada por coação, mas ninguém opta involuntariamente, aponta Aristóteles no livro II (Ética Eudemia).

“A declaração e aparentemente surpreendente, pois parece entrar em conflito com a tese de que só deliberamos sobre os meios, ao passo que os fins das ações são postos pelo desejo”. Porem, isso é só uma parte da verdade. Com efeito, é exato afirmar que os fins se dão a mim com base em minha educação e em função de minha natureza prática, porém, as duas dependem dos atos que pratico.
Ao determinar diretamente minhas ações, eu determino também indiretamente minhas disposições, as quais determinam minha natureza prática. É a natureza prática que condiciona o surgimento dos desejos no agente. “Logo, indiretamente, o homem se torna responsável da natureza de seus desejos, de seu caráter e de suas ações e realizações.”


Podemos dizer segundo colocação Aristotélica, ainda que o ser não tenha responsabilidade sobre suas ações, considerando que os fins são postos pelas emoções, é satisfatório que o ser delibere sobre os elementos que conduzem a execução do fim, para que ele venha ser diretamente responsável por suas ações.  

Fonte:Material didático elaborado pela Professora Barbara Botter para a disciplina Ética 2 UFES - 2016.

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