Quem somos

METAFÍSICA E LÓGICA



Semana 2


"Todo homem tem por natureza o desejo de conhecer”.

Essa frase nos revela uma característica natural de muitas espécies de animais. Tendem a não querem ficar presos e, assim, buscam ampliar os seus limites de vivência.

Esse instinto também está dentro de nós, só que de uma forma muito mais elaborada porque somos dotados da razão. Para Aristóteles, existem cinco níveis de conhecimento. Começamos com os cinco sentidos (visão, tato, paladar, audição e olfato) e depois vem a memória, a experiência, a arte e a ciência. Essas três últimas características nos diferencia das demais espécies vivas. Somos capazes de elaborar um pensamento que reflete a realidade; buscamos o princípio e as causas das coisas. Isso nos leva para um patamar mais elevado do que os animais pelo fato de termos a arte e a ciência.

A questão que se coloca neste ponto é “o que queremos conhecer?” Podemos adquirir o conhecimento que aponta para o conhecimento da verdade, da justiça, como também podemos optar pelo caminho daquilo que engana e favorece somente uma parte. De todas as formas temos o conhecimento. Entretanto, a diferença está na consequência deste conhecer: ele promove o bem ou o mal? Aqui cabe aquela distinção entre o que é sabedoria e o que é astúcia. O conhecimento pode nos levar para os dois caminhos. Mas o meio e a educação que recebemos devem nos conduzir na direção do conhecimento que promove o bem. A sabedoria nasce da admiração que leva à compreensão. Quando conhecemos as causas das coisas temos a noção dos princípios primeiros e últimos de tudo o que existe. Deve ser um saber desinteressado e que promova o bem.

“O mesmo atributo não pode, ao mesmo tempo, pertencer e não pertencer ao mesmo sujeito com relação à mesma coisa” [1005 b 19-21].


Fonte: Material didático elaborado pelos professores Claudia Murta e Mauricio Fernandes /Sead - UFES Disciplina Filosofia da Ciência no quarto período 2016.

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